Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2018, 14:57 - A | A

26 de Janeiro de 2018, 14h:57 - A | A

POLÍCIA / MORTE DE ALUNO

Ledur acusada na morte de ex-bombeiro não comparece em audiência

Wellyngton Souza e Daffiny Delgado



ledur

 

A tenente Izadora Ledur acusada pelo crime de tortura em que um ex-aluno do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, morreu após treinamento no 16º Curso de Formação de Soldado na Lagoa Trevisan, em 2016, não compareceu à audiência na tarde desta sexta (26), na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

 

Na ação, também são réus Marcelo Augusto Reveles Carvalho, Thales Emmanuel Da Silva Pereira, Diones Nunes Siqueira, Enéas de Oliveira Xavier e Francisco Alves de Barros. Conforme despacho de Faleiros, serão 37 testemunhas de acusação e defesa. Os seis réus também serão ouvidos.

 

A primeira audiência marcada para hoje, na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, sob a responsabilidade do juiz Marco Faleiros, estava em suspenso depois que o Ministério Público, órgão que denunciou Ledur em ação civil na Justiça, apresentar requerimento para o remanejamento do caso da 7ª Vara Criminal para a 11° Vara Militar de Cuiabá.

 

De acordo com este novo requerimento apresentado pelo MPE, por meio dos promotores Sérgio da Silva Costa, Januária Dorileo e Marcia Furlan, Ledur deveria ser julgada não pela Justiça comum, mas sim pela militar. Caso o magistrado acate o pedido do Ministério Público, isso no entanto, só deverá ocorrer no momento da oitiva, no Fórum de Cuiabá.

 

O pedido do MPE foi realizado no dia 15, argumentando que 'obedecendo a legislação, o crime de tortura do qual a tenente Izadora Ledur é acusada deve ser julgado pela Justiça Militar, uma vez que foi cometido por militar, mesmo que o delito não esteja tipificado no Código Penal Militar, exceto na hipótese de crime doloso (quando há a intenção) contra a vida de civil cometido por militar estadual', diz trecho do pedido".

 

A tenente Ledur é acusada de práticas de tortura que culminaram na morte Rodrigo Claro, após passar mal durante treinamento no 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro, em 2016.

 

Na ação realizada pelo Ministério Público do Estado, à Justiça, Rodrigo teria apresentado dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios e, ainda assim, a oficial teria utilizado métodos abusivos nos treinamentos para puni-lo, revelando ‘inequivocamente, o perfil perverso da tenente como instrutora'.

 

Depois de tomar conhecimento do requerimento do MPE, dona Jane Claro, mãe de Rodrigo, revelou que caso o magistrado acate o pedido dos promotores e, assim, a investigação seja transferido para o âmbito militar, ela teme que a justiça não seja feita. "A justiça militar só favorece aqueles que têm poder lá dentro. Prova disto é o meu marido, o 2º tenente do Corpo de Bombeiros, Antônio Claro, que tem sido alvo de inúmeras retaliações internas. Assim, tenho muito medo de que a morte do meu filho não tenha justiça, pois não tenho fé neles", lamentou.

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