Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2019, 17:31 - A | A

06 de Dezembro de 2019, 17h:31 - A | A

POLÍCIA / CASO EMILSON MIRANDA

Defesa de médico se manifesta e diz que caso é "briga de casal que tomou proporção desnecessária"

Elloise Guedes
Única News



A defesa do médico Emilson Miranda Júnior, de 30 anos, investigado por agredir a ex-namorada em Cuiabá, alega que as acusações envolvendo o suspeito não passam de “uma briga de casal que tomou uma proporção totalmente desnecessária”, pois não haveriam provas concretas contra o médico.

Emilson foi preso pela primeira vez em fevereiro deste ano, após espancar a namorada e ameaçar cortar a filha dela “em mil pedaços”, conforme conta nos autos da Polícia Judiciária Civil. Foi preso novamente no dia 12 de novembro e solto no dia 22. E, pela terceira vez, preso em 27 de novembro e solto no dia 3 de dezembro. Ele aguarda o processo, que corre em segredo de justiça, em liberdade.

Em entrevista ao site Única News, uma das advogadas do médico, Joeli Castelli, esclareceu que as três prisões efetuadas este ano são relativas à mesma mulher, identificada pelas iniciais A.G.H., de 39 anos.

De acordo com a advogada, após a primeira prisão de Emilson, em fevereiro, a vítima retirou as primeiras medidas protetivas e passou a visitá-lo diariamente na prisão. "Ela o visitou na prisão e fez uma declaração pública de boa conduta dele", disse.

Os dois ainda teriam reatado o relacionamento, após sua soltura em abril, sendo que foi Emilson quem terminou o namoro com a mulher, em outubro. “Logo depois, ela fez nova denúncia de agressão contra ele, quinze dias depois, que culminou na prisão em 12 de novembro”.

Em 27 de novembro, Emilson foi preso novamente por descumprir medida protetiva e se aproximar da vítima em duas ocasiões: a primeira no Fórum de Cuiabá e a segunda, de acordo com a advogada, A.G.H. teria passado em frente à casa do médico.

Joeli Castelli explica que a vítima não apresentou provas concretas de que Emilson teria descumprido a medida cautelar e, por isso, ele foi solto em 3 de dezembro. “Foi comprovado à Justiça que ele não descumpriu as medidas protetivas e o próprio Ministério Público conferiu parecer pela soltura”.

“Na primeira ocasião, Emilson estava no Fórum de Cuiabá, acompanhado de sua advogada, e a vítima estava no mesmo prédio. Logo depois, a vítima alegou que ele havia descumprido a medida protetiva de não se aproximar, mas ele nem a viu. Na segunda, não sabemos porque ela passou pela casa dele”, conta Castelli.

A advogada afirma que a vítima está mentindo sobre as acusações feitas contra seu cliente e que a defesa reúne provas contra ela, inclusive sob a tese de vingança pessoal. “Nós provamos, através do circuito de câmeras da casa, que ele não saiu e, quando veio o relatório da tornozeleira, foi confirmado que ela se aproximou. Portanto, foi uma denúncia infundada”, afirmou a advogada.

O médico, que faz uso de tornozeleira eletrônica, não pode chegar perto da vítima. A mulher ainda faz o uso do botão do pânico, com o qual ela pode enviar um sinal de emergência à polícia se o agressor se aproximar, assim como recebe uma mensagem de aviso no aparelho.

Outro caso

O médico foi preso em 2017 após agredir uma outra namorada. Segundo o relato da vítima, uma professora de educação física de 35 anos, ela foi agredida com socos e tapas no rosto e na cabeça.

Além de ser agredida, a mulher contou que foi ofendida com palavras de baixo calão e ameaçada caso acusasse o suspeito. Emilson ainda ameaçou a divulgar um vídeo íntimo da vítima, caso mantivesse a denúncia.

Neste caso, o médico foi ouvido e logo depois liberado.

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