Por Suelen Alencar/ Única News
O promotor de Justiça Fábio Camilo da Silva, que se envolveu em confusão após não aceitar a abordagem de políciai militares, no último sábado (01), pode ser afastado do cargo. Segundo informações, Fábio estaria internado no Hospital de Sinop devido a um 'surto psicótico'.
Em nota, o Ministério Público informou - ainda no domingo - que a atitude do promotor foi um caso isolado e que o orgão não compactua com as ações que ocorreram no sábado (01) e no Domingo. Fábio foi abordado por políciais militares e apresentou um comportamento "desafiador" e chegou a desacatar os PMs.
Cerca de 7 vídeos foram compartilhados via redes sociais que demostram o promotor em diversas situações extremas. Um dos vídeos o promotor aparece sem camisa "tomando banho" com um copo de bebida. Outra gravação mostra o Fábio mandando o PM "calar a boca" e uma terceira imagem mostra a luta corporal entre o PM e o promotor, durante a abordagem polícial ocorrida no sábado (01).
As informações do Boletim de Ocorrências (BO) são de que por volta das 02h40 deste domingo, funcionários acionaram a polícia dizendo que um hóspede informou que o promotor estaria ameaçando a ele e seus amigos. Em outro momento já por volta das 07h30, o promotor teria ido até a TV Migrantes e quebrado a porta da emissora. Nessa ocasião o promotor estaria vestido de toga e chegou a machucar a perna devido ao vidros da porta.
Perrogativa do cargo
O promotor que foi recentemente empossado, cerca de três meses, tem a seu favor a Lei Complementar à Constituição Federal 35/1979 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional), que prevê prisão para promotor "somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará, no prazo máximo de vinte e quatro horas, a comunicação e a apresentação do membro do Ministério Público ao Procurador-Geral de Justiça”.
A Assossiação do Ministério Público (AMMP) informou ao site Única News de que, por hora, não irá manifestar mas vai acompanhar o desenrolar do procedimento administrativo já instaurado pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ).
Já a assessoria do Ministério Público não confirmou o afastamento do promotor do cargo e complementou que o assunto pode ser pauta da reunião do Conselho Superior do Ministério Público devido a repercurssão do caso, mas que é normal dentro do cronograma o Conselho realizar sessões ordinárias toda primeira segunda-feira do mês.
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