Cuiabá, 20 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quinta-feira, 09 de Maio de 2024, 13:00 - A | A

09 de Maio de 2024, 13h:00 - A | A

JUDICIÁRIO / CRIME EM PEIXOTO

Médico que matou idosos a tiros alega transtorno psicológico, mas Justiça nega soltura

O médico alegou que seu estado de saúde é frágil, pois possui grave transtorno psiquiátrico e depende de medicamentos

Christinny dos Santos
Única News



A Justiça de Mato Grosso negou o pedido de revogação de prisão preventiva de Bruno Gemilaki Dal Poz (28), acusado pelos homicídios qualificados dos idosos Rui Luiz Bogo, de 68 anos, e Pilson Pereira da Silva, de 80.

O médico alegou que seu estado de saúde é frágil, pois possui grave transtorno psiquiátrico e depende de medicamentos. A defesa de Bruno requereu a revogação da prisão preventiva ou a concessão da prisão domiciliar.

O desembargador Hélio Nishiyama apontou que a prisão preventiva do médico foi determinada para garantir a ordem pública, especialmente, considerando que os crimes cometidos são de elevado grau de reprovabilidade e brutalidade, além da frieza com que foi praticado.

“As circunstâncias dos crimes, como bem pontuado pelo juízo de origem, sugerem maior periculosidade do paciente tendo em vista o 'elevado grau de reprovabilidade e brutalidade e pela frieza' dos investigados, notadamente porque os crimes teriam sido cometidos 'em momento de descontração das vítimas, na presença de várias pessoas'”, diz trecho da decisão.

Além disso, o desembargador considerou ainda que, após cometer o crime, Bruno fugiu do local, tornando-se foragido da justiça até que fosse capturado.

“Nesse cenário, não se vislumbra, neste momento, a presença de pressuposto autorizativo à concessão da tutela de urgência vindicada”, concluiu o desembargador, indeferindo o pedido de Bruno.

(Foto: Reprodução/Montagem)

CRIME PEIXOTO

 

O caso

O duplo homicídio ocorreu durante uma confraternização de amigos no dia 21 de abril, em uma residência localizada no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá). Inês, Bruno e Eder invadiram o local e efetuaram diversos disparos de arma de fogo, matando Rui e Pilson.

Durante a invasão, Bruno iniciou os disparos, seguido por Inês. Enquanto isso, Eder fazia a contenção de pessoas que estavam no local e garantir que ninguém tentasse entrar na casa para socorrer as vítimas. O padre José Roberto recebeu um disparo na mão, mas sobreviveu.

O alvo do grupo era o garimpeiro Enerci Afonso Lavall, conhecido como "Polaco", dono da residência onde ocorreu o crime, isto por causa de uma dívida que Inês tinha com ele em razão de um contrato de locação de um imóvel. No entanto, no momento em que tentou disparar contra seu alvo, a arma de Inês falhou pelo menos três vezes.

O Ministério Público entendeu que o homicídio foi cometido por motivo fútil, além disso, o grupo ainda utilizou de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

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