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Quarta-feira, 16 de Março de 2022, 21h:46

Carteiros fazem greve em VG e população fica sem encomendas

Mayara Campos
Única News

Foto: Reprodução

Os carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Várzea Grande estão em greve há dois dias após serem impedidos de entregar cartas e sair às ruas em bicicleta, além da precarização do serviço. Em razão disso, diversos moradores estão com problemas para receber suas encomendas. Os clientes protestaram na tarde desta quarta-feira (16) e organizam uma manifestação maior para a sexta-feira.

“Na hora de fazer o atendimento, tiraram o horário. Porque não tirou cedo pra não enganar a população? Se eles estão aí dentro, por que não trabalham? Olha só a covardia. Não tem um lugar para as pessoas ficarem. Não tem uma área coberta. É um relaxo, verdadeiro descaso com a população”, reclamou um homem, ao Olhar Direto.

Os clientes se dirigiram à agencia na rua Miguel Leite, para pegar suas encomendas, mas não conseguiram atendimento. O protesto ocorreu na porta da unidade.

O senhor Raimundo, presidente do bairro El Dourado, em Várzea Grande, está organizando os moradores do bairro e também do Cidade de Deus para manifestação na porta da agência, na próxima sexta-feira, a partir das 15 horas. 

Conforme os carteiros, os funcionários geralmente usam bicicletas e fizeram o concurso para entregar cartas. Porém, elas foram recolhidas e eles impedidos de sair às ruas para trabalhar.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT), também houve aumento indiscriminado do percurso para os carteiros que estão saindo à rua, de motocicleta. Antes, os que saiam de moto percorriam até 40 quilômetros por dia, sendo que agora estão sendo pelo menos 80.

Os trabalhadores explicam que a paralisação só foi decidida depois de tentarem, por diversas vezes, um diálogo com o gestor e não conseguirem nenhum avanço.

O sindicato pontua ainda que a ausência dos carteiros na rua trará mais transtornos para os usuários dos serviços postais que já enfrentava problemas por falta de trabalhadores.