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Sexta-feira, 25 de Outubro de 2019, 14h:24

Assembleia pede explicações a Ministério e Aneel sobre taxação de 62% sobre a energia solar

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(Com assessoria)

(Foto: JL Siqueira/ ALMT)

O deputado estadual Silvio Fávero (PSL) encaminhou um documento ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cobrando esclarecimentos da taxa de 62% sobre a energia solar injetada na rede pública.

Os esclarecimentos é sobre a revisão da Resolução Normativa nº 482/2012, que cria novas regras de compensação aplicáveis à micro e minigeração distriubuída de energia solar, a qual se encontra em fase de consulta pública até 30 de novembro, deste ano. 

Segundo o parlamentar, a proposta da Annel representa o retrocesso no setor e poderá reduzir em mais de 60% a economia promovida por pequeno projetos de geração distribuída em todo o país.

A hipótese é defendida também pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que estima que a medida seja um passo contra o desenvolvimento do mercado de geração distribuída, que hoje alcança 146 mil, ou seja, 0,18% dos mais de 84,2 milhões de consumidores.

Na prática, atualemente o consumidor residencial tem 100% da energia que envia à rede pública devolvida e compensada como crédito para sua conta de luz. Ocorre que, com as alterações, essa compensação em créditos será parcialmente, o que equivale a criar uma taxa de até 62% em cima dessa produção.

Será realizado uma audiência pública para debater o assunto, no dia 7 de novembro,para debater o assunto, em que o deputado Fávero representará Mato Grosso e, consequentemente, a Assembleia Legislativa.  O intuito da audiência é colher subsídios e informações adicionais referentes às regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída, para elaboração da minuta do texto à Resolução Normativa 482/2012.

No primeiro semestre deste ano, Fávero apresentou uma emenda ao Projeto de Lei Complementar 53/2019, do Poder Executivo estadual, garantindo a isenção do ICMS à energia solar. A medida foi aprovada, porém foi alterada e assinada por lideranças partidárias, como estratégia da proposta não ser vetada pelo governo estadual.

“O intuito é permitir o aperfeiçoamento da legislação tributária estadual e o desenvolvimento do setor de energias renováveis de pequena escala, gerando emprego e renda, além de contribuir para o desenvolvimento ambiental sustentável, colocando nosso estado nivelado com outros estados, especialmente o de Minas Gerais, que hoje lidera a geração de energia solar no Brasil com 22% de participação na produção nacional”, defendeu Fávero.