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Domingo, 27 de Janeiro de 2019, 15h:45

Várzea Grande é o município de MT que menos investiu na saúde em 2017

Da Redação

(Foto: Ilustração)

Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostrou os gastos por habitante em saúde no ano de 2017. Em Mato Grosso, o município com o menor gasto per capita foi Várzea Grande, com R$ 237,90. No outro lado da lista está Araguainha, município a 460 km ao Sul de Cuiabá, que investiu R$ 1.567,63 por habitante.

A média nacional dos municípios foi de R$ 403,37 na saúde de cada habitante durante todo o ano de 2017. Segundo o CFM esse foi o valor médio de recursos próprios aplicados pelos gestores, com base no que foi declarado junto ao Ministério da Saúde.

Em Mato Grosso, a situação dos municípios é bem diversa. Cuiabá, com 590 mil habitantes registrados, gastou uma média de R$ 527,22, média um pouco acima do que foi registrado nos 41 municípios com mais de 500 mil habitantes que constam no levantamento, que foi de R$ 525,84.

Na última colocação no ranking em Mato Grosso está Várzea Grande, na região metropolitana, que desde 2013 aumentou em 44% os seus investimentos em saúde. Mesmo com os avanços, o município investe menos que a média nacional por habitante, mas ainda está longe do último colocado no ranking nacional, Cametá (PA) com R$ 67,54.

Para a gestão, apesar da média baixa, o montante investido é alto e dos recursos aplicados na saúde 48% são de verbas próprias do município.

“Se forem somados os recursos federais e estaduais, passamos dos R$ 500 por habitante. Dos R$ 143 milhões investidos na saúde em 2018, 48% foi de dinheiro próprio. Para se ter uma ideia, no ano passado o Estado deixou de repassar R$ 17 milhões, recurso que faz falta”, alega o secretário de Comunicação da Prefeitura, Marcos Lemos.

Lemos também afirma que o levantamento usa como base de cálculo o número de habitantes, no entanto, o município atende demanda de outras regiões. “Nós atendemos de 40% a 45% de pacientes de outros municípios. E quando a pessoa não declara o município de origem não recebemos a compensação financeira, que, quando vem, demora mais de três meses para chegar”.

Do outro lado do ranking em Mato Grosso está o pequeno município de Araguainha, com 931 habitantes. Apesar da média de R$ 1.567,63 per capita, o município já teve mais investimentos em saúde (R$ 1.858,86 em 2013), o que foi sendo reduzido e só voltou a crescer em 2017.

Em sua primeira gestão, o prefeito de Araguainha, Silvio José de Morais Filho (PSD), afirma que a situação tem melhorado, mas ainda é crítica. “Quando assumimos, pegamos uma lista de espera muito grande e o polo regional que nos atende é Rondonópolis, que fica a quase 500 quilômetros. Não tínhamos nenhum veículos para levar os pacientes e hoje temos dois carros e uma van com 21 lugares”.

Zerar a fila de espera por exames e consultas foi uma das ações que mais teve participação nos gastos da saúde municipal em 2017, segundo o prefeito. “Foi um avanço, mas ainda precisa melhorar mais. Só temos uma unidade de saúde e queremos trazer especialidades para cá, comprando aparelhos e contratando os médicos, porque a viagem até Rondonópolis é muito cansativa para os idosos. A Legislação obriga a usar 15% das receitas com saúde e chegamos a quase 40%”.(Com GD)