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Terça-feira, 13 de Novembro de 2018, 07h:47

Ao sair da prisão, Geller diz que acusações são por "desafetos políticos"

Da Redação

(Foto: Reprodução/TVCA)

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Após ser solto no início da noite desta segunda-feira (12), o ex-ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, deputado federal eleito Neri Geller (PP), declarou desconhecer as investigações da operação Capitu contra ele. Geller foi preso pela Polícia Federal, na última sexta-feira (9), em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), quando a operação foi delfagrada.

 

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-ministro, no domingo (11). 

 

Ao sair da cadeia, o deputado eleito em Mato Grosso concedeu entrevista a equipe de reportagem da TVCA e negou todas as acusações da polícia e informou ainda que não é indiciado, mas apenas teve o seu nome citado em uma delação premiada.

 

"Não fui chamado para depor em nenhum momento das investigações e vou me inteirar das acusações e depois vou manifestar junto à imprensa", disse.

 

Ele ainda pontuou que aqueles que estão sendo acusados de corrupção em delação, é por causa de desafetos políticos, quando ainda era ministro.

 

O doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB, que tem feito a delação, que resultou nas investigações e na operação Capitu. Foram presos na ação Antônio Andrade (também ex-ministro da Agricultura), Rodrigo Figueiredo (ex-secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, que já conseguiu liberdade), o empresário Joesley Batista e mais 13.

 

A prisão

 

Ele foi preso em Rondonópolis, no dia 9 de novembro e ficou detido em cela comum por não ter o direito de cela especial durante esses dias por não possuir curso de ensino superior. 

 

De acordo com as investigações da operação, que investiga suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo Dilma Rousseff (PT), Geller teria recebido o montante de R$ 450 mil em propina da JBS. Além de Geller, Rodrigo Figueiredo, que é ex-secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, advogado cuiabano e afilhado do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, também foi preso e recebeu o mesmo valor de propina.

 

De acordo com informações, na decisão que pediu a prisão dos acusados, a propina que eles receberam foi em troca da elaboração de atos de ofício que asseguraria ao grupo empresarial, a eliminação da concorrência e a formação de monopólio no mercado de proteína animal.