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Terça-feira, 04 de Setembro de 2018, 12h:46

"Permínio foi posto na Seduc por Leitão para reaver dinheiro de campanha"

Luana Valentim

(Foto: WhastApp)

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A juíza aposentada, Selma Arruda (PSL), em Live no Facebook, nesta segunda-feira (03), disse que apesar de ainda não saber o teor exato da delação de Alan Malouf e Permínio Pinto, ela descobriu que há fatos gravíssimos contra o governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição e o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), candidato ao Senado.

 

Selma afirmou que ela tinha informações sobre o suposto envolvimento do governador no desvio da Seduc por meio da declaração do empresário Alan Malouf, porém, como na época em que ela exercia a magistratura, não foram apresentadas as provas, então ela não poderia se firmar apenas em palavras de um réu.

 

Agora o cenário é outro, a delação de Malouf, assim como a do ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto que reforça as acusações contra Taques, foi homologada no Supremo Tribunal Federal junto com documentos que comprovam os depoimentos.

 

No vídeo, ela mostra uma ficha de Leitão e disse que para a sua surpresa - ao pesquisar sobre Permínio – descobriu que ele foi assessor direto do deputado tucano.

 

“Permínio Pinto, como assessor de Nilson Leitão foi levado a Secretaria de Educação com a missão de coletar para si e para o seu chefe, dinheiro de propina para pagamento de conta atrasada de caixa dois ou de contas da eleição do próprio deputado Nilson Leitão”, afirmou.

 

Ela relata ainda que, conforme verificado no Diário Oficial, Permínio foi nomeado por Taques como secretário de Estado de Educação no dia 02 de janeiro de 2015, o que ela considera como uma prova cabal e documental da estreita ligação entre Permínio e Leitão. “Ele não estava apenas envolvido na operação Rêmora, como hoje delata o deputado”.

 

Selma acredita que estes documentos estejam em posse do Ministério Público Federal e que tenham servido de base para a própria delação de Permínio. Mas que, para desencargo de consciência, como ela descobriu isso na semana passada - sendo este o principal motivo que a fez sair da coligação - irá enviar ainda nesta terça-feira (04), para o MPF esses documentos para que sirvam de embasamento e de prova dessa ‘falcatrua’.

 

“Eu não convivo com corrupção, não gosto de corrupção, não gosto de mentira. Portanto, uma coisa era o que diziam os réus ali na minha frente, porque réu tem o direito constitucional de mentir, outra coisa é uma prova documental que leva a certeza de que essas pessoas tinham sim uma ligação muito estreita e que essas pessoas têm sim um envolvimento muito grande com os desvios que foram praticados na Seduc”, afirmou.

 

A magistrada disse que para quem está dizendo que ela saiu apenas por tempo de tevê, tentando se aproveitar do PSDB, na verdade, o motivo do rompimento foi devido a provas sérias de pessoas do partido envolvidas em corrupção.