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Segunda-feira, 27 de Agosto de 2018, 17h:03

Cabo revela que negou ajuda de Paulo e reitera participação de Taques em ‘arapongagem’

Da Redação

(Foto: TJ-MT)

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Após conseguir na Justiça o direito de depor novamente, o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Corrêa Júnior, réu na ação penal do suposto esquema de grampos ilegais reiterou duramente nesta segunda-feira (27), ao juiz da 11ª Vara Militar do Fórum de Cuiabá, Murilo Mesquita, a participação do governador Pedro Taques (PSDB). 

 

Ainda assegurando que o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques [primo do gestor tucano], que saiu da prisão recentemente, supostamente ligado a desvios milionários no Detran, teria lhe oferecido ajuda financeira para que ele não envolvesse o nome do governador no esquema que ficou conhecido nacionalmente como Grampolândia Pantaneira.

 

“Quando estava no Centro de Custódia de Cuiabá recebi a proposta de ajuda financeira do senhor Paulo Taques, por duas vezes, para custear meus advogados. Ele me pediu em troca, entretanto, que no processo dos grampos eu não chegasse ao governador Pedro Taques".

 

Cabo Gerson ainda reiterou na 11ª Vara Militar, que a proposta foi feita enquanto ambos estavam na mesma ala do Centro de Custódia – antigo Carumbé – onde ele negou a ‘ajuda’.  

 

Ele ainda pontuou que foi apenas um participante do esquema, assim como o coronel da PM Zaqueu Barbosa.

 

"Volto a repetir, o dono disso não sou eu, nem o Zaqueu e, sim, o senhor Paulo e Pedro Taques. Tenho a livre e segura consciência de que estou falando a verdade", destacou.

 

No dia 28 de julho em um depoimento que durou mais de 6h, o cabo Gerson revelou que foi o responsável por montar a central de escutas no escritório, além de comprar o material. Ele teria recebido do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o valor de R$ 50 mil para comprar todo material necessário.

 

Depois, sob a justificativa da defesa, de exaustão do depoente, Gerson conseguiu na Justiça ser novamente ouvido, ainda alegando que ficaram alguns pontos sem esclarecer. Inclusive, ‘que que esse esquema de interceptação não é novo".

 

Lembrando que em 2012, o coronel Zaqueu pediu um ‘projeto’ nesse mesmo sentido, onde elaborou a ação em  com 39 páginas, contendo toda a estrutura para montagem, além dos aspectos jurídicos.