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Quinta-feira, 09 de Agosto de 2018, 19h:30

Servidora explica dívida com consignados e bancos justificam na AL

Da Redação

(Foto: Reprodução)

Assembleia Legislativa

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Consignados realizou nessa quarta-feira (8), duas oitivas com representantes dos bancos BMG e Pan, que realizam empréstimos para servidores públicos de Mato Grosso. Eles esclareceram aos deputados, sobre como é operado no Estado, as margens praticadas e estrutura para atendimento aos usuários.

 

Durante a 3ª reunião ordinária da CPI, a servidora aposentada da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clélia Petrolina Alves Correa, pediu para relatar sua situação aos presentes. Ela relatou que contratou R$ 7 mil em 2009, por meio de cartão consignado e já pagou o triplo do valor contratado, porém até hoje possui um saldo devedor no mesmo valor da dívida contratada.

 

“Na época eu fiz um saque e desde então tenho o valor mínimo do cartão descontado no meu salário. Eu cancelei o cartão, já tentei pagar a mais para amortizar a dívida, mas não consigo”, declarou a servidora ao reclamar da falta de um local para atendimento físico da instituição em Mato Grosso.

 

Outro ponto debatido durante a CPI foi com relação às margens de empréstimos consignados e de cartão de consignado praticados no Estado. De acordo com o depoimento do representante do BMG, Emerson Catani, é permitido o comprometimento de até 30% da renda do contratante com empréstimo e até 15% para cartão consignado.

 

O presidente da CPI dos Consignados, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), declarou que a margem praticada no Estado, que possibilita o comprometimento de até 45% do rendimento mensal é muito alta e prejudicial aos clientes.

 

“Os servidores acabam entrando em uma verdadeira bola de neve e as dívidas se tornam impagáveis. Vamos sugerir no relatório final da CPI uma lei para regulamentar o serviço de empréstimo consignado no estado, inclusive as margens”, declarou.

 

Também participaram da reunião os deputados Allan Kardec (PDT) e Wagner Ramos (PSD), além de representantes da equipe técnica da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O outro depoente foi Luiz Gonzaga Jayme, que falou em nome do Banco Pan.

 

Nas duas primeiras reuniões ordinárias, a CPI dos Consignados recebeu os sindicatos de diferentes categorias de servidores públicos e representantes dos bancos Olé e Daycoval. Ainda estão previstos os depoimentos de pessoas ligadas ao Banco do Brasil e ao Sicredi e representantes do governo do estado.