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Quinta-feira, 09 de Agosto de 2018, 13h:28

Defesa pede prisão domiciliar para empresária cuidar dos filhos

Da Redação

(Foto: Divulgação)

casal preso

 

Por meio de seu advogado, a empresária cuiabana, Flávia de Martin Teles Birtche,  alvo da 'operação grãos de ouro' em Cuiabá, entrou com uma ação judicial pedindo para que possa cumprir prisão domiciliar, por conta dos seus três filhos menores de idade.

 

Flavia e o marido, Victor Augusto Saldanha Britche foram presos na quarta-feira (08), durante a operação, do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPE-MS). 

 

Eles são acusados de supostamente participarem de um esquema de sonegação fiscal na comercialização de soja, que teria desviado R$ 44 milhões dos cofres públicos. O casal é dono da Efraim Agronegócio, uma das 14 empresas investigadas na operação. 

 

Agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, prenderam Flávia e Victor dentro do condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. O Gaeco cumpriu mandado de busca e apreensão na residência e sede da empresa, que fica no edifício SB Tower, também na Capital.

 

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) realizou coletiva de imprensa para apresentar um balanço sobre a Operação Grãos de Ouro deflagrada nesta quarta-feira (08/08) em sete Estados.

 

A coletiva foi conduzida pela Promotora de Justiça e Coordenadora do GAECO, Cristiane Mourão Leal Santos e acompanhada pelo Promotor de Justiça do GAECO, Thalys Franklyn de Souza; pelo Controlador-Geral do Estado, Carlos Eduardo Girão; e pelo Corregedor-Geral do Estado, José Barcellos.

 

De acordo com a Coordenadora do GAECO, a investigação do esquema criminoso começou em 2016 quando o MPMS foi provocado pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul que apresentou suposta existência de um esquema de sonegação de tributos estaduais, ICMS, na comercialização de grãos produzidos no Estado de MS.

 

O Gaeco estima prejuízo de pelo menos R$ 44 milhões aos cofres de Mato Grosso do Sul com o esquema de fraudes fiscais mantido por produtores rurais, funcionários da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), caminhoneiros, corretoras, e a princípio 14 empresas de fachada que emitiam notas fiscais frias.

 

 

Balanço da Operação

 

Segundo a Coordenadora do GAECO, a operação cumpriu 33 mandados de busca em Campo Grande, 21 em Chapadão do Sul, 11 em Costa Rica, 1 em Coxim, 2 em Itaporã, 3 em Nova Alvorada do Sul, 1 em Fátima do Sul, 1 em Cassilândia, 1 em Rio Negro, 5 em Rio Verde de Goiás, 3 em Mineiros (GO), 5 em Alto Araguaia (MT), 2 em Cuiabá, 2 em Presidente Prudente (SP), 2 em São José do Rio Preto (SP), 1 em Paranapuã (SP), 1 em Jales (SP), 1 em Oroeste (SP), 1 em Cosmorama (SP), 1 em Três Fronteiras (SP), 1 em Álvares Machado (SP), 1 em Uberlândia (MG), 1 em Unaí (MG), 1 em Paranaguá (PR) e 2 em Rodeio Bonito (RS).

 

Em Campo Grande foram 13 prisões, incluindo servidores. Já no interior, foram 9 mandados de prisão em Chapadão do Sul, um dos municípios carros-chefes da produção rural no Estado, 2 foram em Costa Rica e 1 em Itaporã; 2 em Cuiabá; 1 em Rio Verde Goiás; 1 em Mineiros (GO); 2 Presidente Prudente (SP) e 2 em Rodeio Bonito (RS).

 

Participaram da Operação 34 Promotores de Justiça e 250 Policiais Militares.

 

Gaeco de Mato Grosso cumpriu 7 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão preventiva

 

A Operação “Grãos de Ouro” é realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado  (Gaeco) de Mato Grosso do Sul. Foram expedidos 32 mandados de prisão preventiva e 104 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. A iniciativa visa  combater a sonegação fiscal.

 

Em Mato Grosso são 10 mandados, sendo sete de busca e apreensão e três de prisão preventiva, todos estão sendo cumpridos pelo Gaeco de Mato Grosso. Mais informações sobre a operação serão divulgadas ainda hoje.