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Quinta-feira, 02 de Agosto de 2018, 08h:38

Gaeco realiza pente-fino na AL, mas mandados não incluem gabinetes

Claryssa Amorim

 

(Foto: Alan Cosme)

Operação Deja vu.jpg

 

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na manhã desta quinta-feira (2) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). 

 

O cumprimento dos mandados de busca e apreensão e demais diligências investigativas são levadas a efeito no âmbito da denominada Operação “Déjá vu”.

 

Segundo o Ministério Público Estadual, a operação tem por finalidade a obtenção de provas para subsidiar investigações em curso e apuração dos crimes de associação criminosa, supressão de documentos e peculato, com envolvimento de servidores públicos, empresários e parlamentares estaduais.

 

Os mandados foram expedidos pelo desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e são cumpridos por membros do MPE e policiais civis e militares.

 

"Déjá vu" é um galicismo que descreve a reação psicológica da transmissão de ideias de que já se esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo. 

 

No momento, na Secretaria de Finanças da Assembleia está sendo realizado busca e apreensão pelo Gaeco que estão recolhendo documentos.

 

Segundo promotor de Justiça Marcos Bulhões em conversa com jornalistas assegurou que as buscas estão acontecendo em vários setores da Assembleia, incluindo as todas as secretarias, mas que não há até o momento mandados para vasculhar os gabinetes dos deputados. Eles estariam em busca de documentos sobre licitações.

  

A assessoria do presidente da Assembleia, deputado democrata Eduardo Botelho (DEM), informou que não irá se posicionar sobre a operação. 

 

O Instituto Memória, que fica ao lado da Assembleia Legislativa também é alvo de buscas pelo Gaeco.

 

O promotor Justiça Marcos Bulhões declarou a imprensa, ao sair da Assembleia, que a operação está sob sigilo e maiores informações só poderá ser informado, caso o órgão suspenda o sigilo. 

 

"Estamos a procura de documentos gerais. Se a gente encontrar o que estamos procurando, pode não haver mais operações. Estamos procurando documentos que comprovem os fatos que estamos investigando", declarou Bulhões.

 

 

 

(Vídeo: Midia News)