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Sábado, 28 de Julho de 2018, 08h:00

Após avaliar cenário, Lúdio Cabral vê mais chances de ser eleito no estadual

Luana Valentim

 

Foto: (Reprodução)

ludio

 

O ex-vereador de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), declarou nesta sexta-feira (27), ao Site Única News, que fez uma avaliação junto com o Partido dos Trabalhadores e entendeu que teria mais chances de ser eleito, caso se lançasse como pré-candidato a deputado estadual.

 

Lembrando que para ser eleito, o candidato a deputado precisa atingir, individualmente, um total de votos que corresponda a no mínimo 10% do quociente eleitoral de seu estado. Sendo assim, o partido sozinho não conquistaria esse quociente para disputar uma vaga na Câmara Federal nessas eleições. 

 

A Lei Complementar nº 78/93 define que o número de cadeiras na Câmara dos deputados depende da quantidade de habitantes do Brasil e de cada estado. Um estado deve ter no mínimo 8 deputados federais e no máximo 70. Além disso, a soma de todos os deputados federais não pode ultrapassar os 513.

 

O petista relatou que não pretende repetir as coligações feitas nas eleições anteriores, que em 2016, em nível nacional, votaram a favor do impeachment da ex-presidente da República, Dilma Rousseff [do mesmo partido]. Então ele entendeu que seria melhor optar pela candidatura estadual, que exige menos coligações, comparando com a federal.

 

“Analisando este cenário, vejo que uma eleição para deputado federal é mais difícil, portanto, não vejo sentido em entrar nessa disputa, se terei que depender de coligações com partidos que tem posição diferente com o PT no âmbito nacional”, afirmou.

 

Lúdio defende uma aliança de esquerda, com a legenda tendo um candidato a governador, pretendendo lançar a professora e militante, Edna Sampaio, mas essa decisão ainda está sendo analisada e, inclusive, neste sábado (28), haverá um encontro estadual de delegados do partido que deverá decidir qual o destino do PT.

 

E se o PT decidir por manter o nome da Edna como pré-candidata, irá buscar alianças com o Partido Comunista do Brasil [também de esquerda], para ampliar as forças.

 

Mas, caso seja decidido por não lançar um candidato a majoritária, a sigla pretende se aproximar do senador e pré-candidato ao governo, Wellington Fagundes (PR), para poder apoia-lo nas eleições deste ano.

 

Quanto ao PT nacional, Lúdio afirmou que o partido não abre mão de registrar a pré-candidatura do presidenciável, Luís Inácio Lula da Silva - preso há 111 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Paraná – e vai mantê-la até o limite, já que ele lidera as pesquisas de intenção de votos.

 

Pois, segundo ele, o fato de Lula estar preso não o impede de se candidatar, porém, por ele ter sido julgado em 2ª instância, pode gerar a impugnação do registro. Mas, essa decisão a Justiça Eleitoral só toma no meio de setembro e mesmo assim cabe recurso.

 

Lúdio destacou que mesmo preso, Lula lidera as pesquisas no país e que nesta quinta-feira (26), a Cut/Vox Populi mostra que o ex-presidente lidera o ranking com 41% das intenções de votos, enquanto que seus adversários alcançam - somando todos - 29%.

 

“Nesta semana, inclusive, saiu uma pesquisa da Cut/Vox que aponta que ele ganha a eleição no primeiro turno pois Lula sozinho tem mais votos sozinho do que a soma de todos os outros candidatos”, concluiu.