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Segunda-feira, 09 de Julho de 2018, 17h:59

Maggi diz que Taques "não está morto" e que tem chances de se reeleger

Luana Valentim

blairo maggi

 

O ministro da Agricultura e cacique do Partido Progressista, Blairo Maggi declarou na manhã desta segunda-feira (9), durante o 1º evento do agronegócio de Mato Grosso, o “Agro MT”, no Parque de Exposições Jonas Pinheiro, que apesar do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM) e o senador Wellington Fagundes (PR), fazerem movimento de oposição, o governador Pedro Taques (PSDB), tem grandes chances de ser reeleito.

 

O senador licenciado, desistiu de disputar a reeleição, mesmo com sua vitória praticamente garantida para permanecer à frente do ministério da Agricultura. E, apesar de publicamente garantir que não pretende intervir no processo eleitoral, nos bastidores articula-se a pré-candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM) ao governo.

 

Nos últimos dias, Blairo deu claros sinais que indicará o vice Mendes. Porém, não pertence ao PP, mas trata-se de seu compadre e amigo de infância, Adilton Sachetti (PRB). Apesar de ter boa aceitação, Mendes quer o PP em sua chapa para poder aceitar a proposta do ministro. 

 

Para acomodar Sachetti na vice-governadoria, Mendes terá que abrir mão do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), que declarou “estar no processo para ajudar, podendo ser qualquer coisa, de governador a até mesmo nada”.

 

No entanto, Blairo comentou que o governador Pedro Taques, tem grandes chances de ser reeleito, mesmo com todo o movimento dos pré-candidatos da oposição, Mauro Mendes (DEM) e Wellington Fagundes (PR).

 

“O Pedro não está morto, né. Ele é governador, tem sua posição com toda a máquina, a estrutura de governo e pelo que ele fez nesse período também, ele é muito competitivo”, alertou.

 

O ministro completou que observando as pesquisas eleitorais recentemente, não há como prever o vencedor da disputa pelo Palácio Paiaguás, sendo que os concorrentes estão quase empatados.

 

“Eu vi uma pesquisa essa semana e está praticamente tudo meio igual. A campanha está começando agora e isso demonstra a força política dos três”, observou.

 

O ministro ainda comentou que acredita em Mendes como um bom governador, mas lembrou que Fagundes é o que tem a maior liderança política no Estado.

 

“Ele é um pré-candidato que tem grandes chances de se eleger e fazer bom mandato”, disse sobre Mendes. Em seguida completou sobre Fagundes dizendo que “é um político de muitos anos no Estado tem uma articulação muito grande”.

 

Aos jornalistas, Blairo deixou claro que, apesar de suas observações, não pretende interferir na decisão do PP sobre qual o candidato vai apoiar para o governo, já que ele está saindo da política e não quer essa responsabilidade ‘sobre os ombros’.

 

Quanto a crise política estabelecida no país, o ministro declarou que o governo Michel Temer (MDB) não tem condições de resolver e que teve como clímax o impeachment da ex-presidente, Dilma Roussef (PT), em 2016. Ele acredita que somente o próximo gestor eleito em outubro poderá resolver o problema que reflete nos Poderes.

 

“O governo ao qual eu faço parte não tem condições de fazer isso, porque nós herdamos por meio do impeachment. Na cabeça das pessoas não temos a legalidade, mas temos a legalidade da Constituição, então o Brasil passa por um problema”, disse.

 

O ministro ressaltou que o impeachment que derrubou Dilma do cargo, é classificado por partidos de esquerda como um golpe. Para ele, isso fez com que o governo Temer tivesse baixa popularidade.

 

“Toda vez que tem impeachment, as consequências são muito graves, por muitos anos. Por isso devemos evitar ao máximo esse instrumento legal, jurídico e constitucional. Mas, estão aí as consequências de um impeachment que aconteceu no meio do caminho”, completou o ministro.

 

O ministro analisa que um dos reflexos da crise política foi no Judiciário, quando nesse domingo (8), o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª região travou uma batalha de decisões com a Justiça Federal de Curitiba, a respeito da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que no final permaneceu preso após condenação em segunda instância do caso do tríplex do Guarujá.

 

“Como todos que assistiram ontem [domingo], ficamos todos boquiabertos. Como pode a Justiça estar desse jeito? Um libera, outro manda prender, gente que não tem nada a ver fala. É lamentável”, concluiu o ministro destacando que os Poderes precisam entrar em um entendimento, que, segundo ele, só virá com a eleição de um novo presidente.