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Quinta-feira, 05 de Julho de 2018, 16h:46

Vereador joga erro para assessoria e diz que todos sabiam de sua ida à Rússia

Luana Valentim

(Foto: Câmara de Vereadores/ Reprodução)

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Após a polêmica causada pela viagem do vereador tucano, Renivaldo do Nascimento, para assistir os jogos da Copa do Mundo na Rússia e, claro, assim se ausentando da Câmara por uma semana, o parlamentar – sem saída -, se viu obrigado nesta quinta-feira (05) a realizar uma coletiva no Parlamento. 

 

Sem conseguir esconder o nervosismo, o tucano acabou assumindo ‘o erro’ pela não emissão do documento sobre sua viagem, comunicando-a ao Parlamento municipal. Um erro que, no entanto, ele optou em jogar sobre a sua assessoria. 

 

Renivaldo viajou para Moscou para assistir ao jogo de Brasil contra Sérvia no dia 27 de junho e em vídeo disseminado pelo aplicativo WhastApp, ele revela a felicidade de estar no país assistindo jogo da seleção brasileira.

 

Após o vídeo e a suspeita de que Renivaldo não teria comunicado a Câmara sobre sua viagem ao exterior, como forma de evitar descontos em seu salário, o advogado Ulysses Lacerda Moraes pediu ao procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, no último dia 28, para que fosse aberta investigação no Ministério Público Estadual (MPE) para apurar suposta irregularidade na ação do tucano como como parlamentar.

 

Apesar de ter falado na semana passada que não precisa pedir autorização para se ausentar da Casa, mas apenas comunicar, na tarde dessa quinta-feira, o vereador disse que a sua assessoria deveria ter emitido um documento para a Casa, justificando sua ausência. 

 

“Houve um erro formal da minha assessoria em não comunicar aos membros da Casa sobre minha viagem, como forma de justificar minhas faltas no plenário. É necessário justificar, não importa onde a gente esteja. Um erro, contudo, absolutamente reparável. Neste caso, tirando os custos da viagem do meu salário. Pois a viagem teve cunho particular, ao contrário do que está sendo ventilado na imprensa, que estaria na Rússia em função oficial pela Câmara de Vereadores de Cuiabá. Isto não ocorreu e nem eu teria dito isto’.

 

Voltando sempre que tinha a oportunidade a frisar que suas faltas na Câmara serão devidamente descontadas. Inclusive, ele já teria solicitado à Casa para que faça todos os descontos, pois garante que não pretende ficar com valores indevidos.

 

Na semana passada, Renivaldo afirmou em conversa com jornalistas, que todos os vereadores sabiam de sua ida para a Rússia. E ainda que havia comunicado por meio do WhatsApp, no grupo dos parlamentares, mostrando a passagem para alguns colegas da Casa. 

 

Assim, não havia nenhuma imoralidade em sua viagem, ao lembrar que não é uma obrigação dos vereadores comparecer em todas as seções, pois tem direito a faltar até 1/3 delas. Ainda que o parlamentar não tenha conseguido explicar, já que era uma viagem particular, porque então teria usados recursos da Casa. Tendo que chamar uma coletiva para, inclusive, revelar que pretende arcar com as consequências, reafirmando que não teria justificado sua ausência na sessão plenária no último dia 26, com o argumento de viagem a “serviço do mandato”.

 

Mas documento, aliás, protocolado pela chefe de gabinete do tucano, Adelina Vilalva de Magalhães, revela que Renivaldo teria sim justificado a viagem ‘ a serviço do mandato, citando ainda o artigo 110, parágrafo 2º, inciso II do Regimento Interno da Câmara de Cuiabá. Com a polêmica causada na mídia, claro, o parlamentar voltou atrás.