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Sexta-feira, 29 de Junho de 2018, 14h:14

Vereador diz que viajou por sua conta para Rússia, documento o contradiz

Luana Valentim

Foto: (Reprodução)

vereador renivaldo

 

O vereador de Cuiabá, o tucano Renivaldo do Nascimento, se posicionou na manhã desta sexta-feira (29), em entrevista – por telefone -, à Rádio Capital FM, sobre sua viagem para a Rússia que acabou causando uma verdadeira desordem dentro da Câmara dos Vereadores de Cuiabá.

 

Renivaldo viajou para Moscou para assistir a última rodada de jogos da Copa do Mundo de 2018 e devido a isso, o advogado Ulysses Lacerda Moraes pediu ao procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, nessa última quinta-feira (28), para que seja aberta investigação no Ministério Público Estadual (MPE) para apurar irregularidades na viagem do parlamentar.

 

O vereador - por sua vez – fez questão de frisar que os dias em que ficará fora do Parlamento, por conta da viagem, serão descontados da verba indenizatória, do salário e de todos os demais benefícios que recebem. E que não vê problema quanto a isso, pois não pretende receber nada além do seu direito, ou seja, o salário que é de R$ 11 mil. 

 

“Eu não estou aqui em viagem oficial, se eu não estou trabalhando que descontem. Não estou preocupado com isso, eu vim assistir ao jogo como brasileiro, pois foi uma vontade que eu tive, tenho condições para isso. Foi isso que eu fiz, mais nada. Não quero um centavo do dinheiro público, não estou em representação publica nem nada”, argumentou.

 

Ele frisa que sua viagem foi para assistir ao jogo e provavelmente irá ficar mais dois dias, retornando no dia 3 de julho, voltando a garantir que não está fazendo uso de dinheiro público e sim do seu próprio bolso e que a nenhum momento disse que sua viagem seria oficial. 

 

Afirmou também que todos os vereadores sabiam de sua ida, sendo que comunicou através do WhatsApp no grupo dos parlamentares e mostrou a passagem para alguns colegas da Casa.

 

O vereador disse ainda que tem direito a faltar até 1/3 das sessões e que essa é a primeira vez que se ausenta dentro de cinco anos.

 

Ao ser questionado se ele pediu autorização para se ausentar da Casa, o vereador disse que não precisa pedir, mas apenas comunicar, a não ser que se afastasse por 30 dias a mais. “Eu não estou comparecendo a sessão, estou faltando, é diferente”.

 

Ainda declarou que sua atitude não é imoral, nem ilegal, até porque será descontado os dias faltosos e por não haver nenhuma votação nesse momento.

 

Mas de acordo com informações obtidas pelo site Gazeta Digital, o parlamentar teria, no entanto, justificado sua ausência na sessão plenária desta última terça-feira (26), com o argumento de viagem a “serviço do mandato”.

 

Documento, aliás, protocolado pela chefe de gabinete do tucano, Adelina Vilalva de Magalhães, onde a justificativa é feita, citando ainda o artigo 110, parágrafo 2º, inciso II do Regimento Interno da Câmara de Cuiabá. Revelando – que antes da polêmica causada na mídia, com sua viagem -, a intenção do vereador seria mesmo evitar um desconto em seu salário.