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Quinta-feira, 14 de Junho de 2018, 11h:45

Taques devolve título de "fracassado" a Mauro por empresas quebradas

Marisa Batalha

(Foto: Reprodução)

Mauro e Taques miguxos

 

Nesta quinta-feira (14), o chefe do Executivo estadual, Pedro Taques (PSDB), buscando um tom mais calmo em sua fala, mas sem esconder sua pretensão de dar celeridade à disputa pela sua reeleição, voltou a mandar um recado aos adversários, em particular, ao ex-prefeito de Cuiabá, o democrata Mauro Mendes, revelando que é preciso 'deixar o medinho de lado', se quiser a enfrentar uma campanha ao Governo do Estado.

 

Em um claro desabafo, Taques - em entrevista no Programa Chamada Geral, da Mega FM -, desmentiu que teria mandado um recado aos seus opositores, de que passaria a usar a conhecida frase 'bateu, levou', quando soube esta semana de uma suposta oficialização da pré-candidatura do ex-prefeito democrata, Mauro Mendes, na disputa pelo comando do Palácio Paiguás.

 

Mas alfinetou seu ex-aliado, ao lembrar que tem apanhado demais dos adversários, principalmente de Mauro que o vem chamando de incompetente, de fracassado. Inclusive, tendo recentemente lhe mandado um recado, em um discurso realizado em encontro dos democratas, em Cáceres, de que quando o time vai mal, precisa-se trocar o técnico.

 

'Mendes me mandou recado sem olhar, no entanto, as dificuldades que vem vivendo para tirar suas empresas do buraco, prova inconteste de sua ineficácia enquanto empresário'.

 

'Não entendo tantos xingamentos vindos do ex-prefeito de Cuiabá que vive às voltas com problemas com suas empresas, que estão quebradas, em recuperação judicial. Ele não pode escolher nem quem paga. Então pergunto? Ele [Mauro] é incompetente ou foi a crise econômica? Aliás, recentemente, alguém me perguntou algo bem interessante, como pode o empresário quebrar e a pessoa física ser milionária?. Temos que fazer esta reflexão!'. 

 

 O ex-prefeito Mauro Mendes é sócio das empresas Bipar Energia S/A, Bipar Investimentos e Participações S/A, Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda e Mavi Engenharia e Construções Ltda. E as duas entraram com pedidos de recuperação judicial em setembro de 2015.

 

Sem esconder sua mágoa com seu ex-aliado, o gestor tucano assegurou que não vai discutir nesta campanha Mauro Mendes, 'como ele disse que não discutiria Taques'. Mas que, entretanto, vai responder pontualmente às críticas feitas contra ele, ao lembrar que as pessoas batem e depois não querem ouvir a resposta.

 

'Mauro foi meu companheiro em 2010 [na disputa pelo Senado] e depois em 2012, em sua disputa ao Governo do Estado. Aliás, um dia antes da eleição, em um sábado, estava comendo um baguncinha com ele no bairro Dr.Fábio [Cuiabá]. Dois anos mais tarde, o ex-prefeito sequer  apareceu em meu programa eleitoral em 2014 [na disputa pela Governadoria do Estado], pois estava mal das pernas'. 

 

Ainda de acordo com o governador, o novo Hospital e  Pronto Socorro da Capital começou a ser construído no terceiro ano de seu mandato, com o dinheiro do Estado em uma clara ajuda ao prefeito de Cuiabá.  Igualmente o Hospital São Benedito foi construído por ele [Mendes], com a ajuda do governo do Estado, como ainda a recuperação de todas as avenidas da capital.

 

Ainda relembrando que mesmo que Mendes não tenha aparecido em seu programa eleitoral, nas eleições de 2014, ele teve tempo, entretanto, de pedir votos, para Wellington Fagundes em Cuiabá, em Várzea Grande e no interior do Estado, na disputa ao Senado, traindo Jayme Campos. 'Por isso Jayme nem foi candidato'.

 

Taques ainda se recordou - como forma de mostrar a falta de lealdade de Mendes para com as pessoas que o ajudaram -, que o ex-governador Silval Barbosa teria sido seu coordenador em 2008, quando disputou a Prefeitura de Cuiabá. 'Aí, em 2010 , Mauro  enfrentou Silval, quando disputou o governo do Estado'. Na época, Mauro Mendes teve como vice, o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Oataviano Pivetta.

 

O governador tucano, sem papas na língua como, aliás, já havia prometido, também lembrou que em 2012, o prefeito emedebista, Emanuel Pinheiro, na época, deputado estadual, trabalhou para a campanha de Mendes e hoje o ex-prefeito democrata estaria brigado com Pinheiro. 

 

Questionado se a moeda de troca para assegurar o apoio de Jayme Campos à sua reeleição, seria supostamente sua força dentro do Judiciário, para tentar parar a cassação da prefeita democrata, Lucimar Campos, que já possui dois pedidos de afastamento da administração em Várzea Grande. E que os pedidos contínuos de vista ao processo, por alguns magistrados teriam sua influência, como forma de prorrogar uma decisão, que pode culminar com a saída de Lucimar da gestão; Taques desconversou.

 

E - em princípio - sem desmentir o fato, o governador tucano optou em apontar, após expressar seu respeito a Jayme e pela administração da prefeita democrata, sua contínua ajuda ao município. Como o repasse de R$ 22 milhões para a revitalização da Avenida Filinto Muller. A verba que resultou nas obras realizadas na Avenida da FEB, na reconstrução da UPA do Ipase , nas obras de reforma do Pronto Socorro do município, E ainda o Ginásio Fiotão o Estado - que ele admitiu - ainda estar devendo o repasse, por meio da da emenda parlamentar do deputado social democrata, Gilmar Fabris.

 

Entretanto, lembrou em em tom de brincadeira que as pessoas têm dito que ele teria poder no Judiciário, 'de prender e soltar' . Mas que ele teria dois primos - Paulo Taques, ex-secretário da Casa Civil e o advogado Pedro Zamar -, presos. 

 

Ambos detidos na operação Bônus deflagrada em 9 de maio, por conta das investigações sobre desvios milionários no Detran, que de acordo com o Ministério Público do Estado, o rombo por meio das licitações fraudulentas no órgão, já teriam ultrapassado a c asa dos R$ 30 milhões.

 

E, ao final, Taques revla que não seria 'o último grão de soja noe cerrado, mas que tem  trabalho ininterruptamente, em favor de Mato Grosso'.

 

Veja o vídeo: