Depois de um suposto anúncio do deputado federal, Fábio Garcia, presidente do diretório estadual do DEM, na noite desta última segunda-feira (11), de que a sigla estaria pronta para dar o ‘pontapé’ inicial nas campanhas pela Governadoria do Estado, encabeçado pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes e para o Senado, com o ex-governador, Jayme Campos; Mendes rebateu a informação nesta terça-feira (12), nos programas Chamada Geral, da Mega FM e depois na Rádio Capital FM.
De acordo com Mauro, ele não teria – por enquanto -, autorizado o partido a construir sua candidatura ainda que, obviamente, tenha comemorado os números do levantamento.
(Foto: Assessoria do DEM)
O argumento do ex-prefeito é que há ainda situações – pequenas e grandes – para serem solucionadas, até que assuma, de fato, uma candidatura. Reforçando sua posição, ao lembrar que uma campanha eleitoral não se pauta apenas pela intenção de votos observada em pesquisas.
E que as disputas comumente são construídas sobre alguns pilares importantes, dentre eles - os relatórios dos institutos -, mas há um outro processo bem mais importantes nas disputas, que seria a viabilidade política, feita por meio da estrutura e do financeiro de uma campanha.
A informação de que tanto ele, na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, quanto o ex-governador Jayme Campos, na Senatória, foram antecipadas, pautadas em pesquisa encomendada pelo DEM ao Instituto GPP- Planejamento e Pesquisa, que abriu margem para construção das duas campanhas em reunião interna na legenda.
Nas entrevistas realizadas nesta terça, nas duas rádios, o ex-prefeito fez questão de frisar, que as pesquisas, particularmente, esta última, baliza um processo eleitoral, mas não o define. ‘Nós apenas mudamos o estágio da discussão, mas não houve uma confirmação para o lançamento oficial de uma pré-candidatura. Nem a minha nem do Jayme’.
O ex-prefeito ainda reiterou sua posição, revelando que precisa de conversar com o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, o pedetista Otaviano Pivetta, para realizarem juntos uma análise mais minuciosa sobre os resultados da pesquisa. E, igualmente, com o ex-vice-governador e pré-candidato ao Senado, Carlos Fávaro (PSD).
E quais os caminhos – em futuras alianças – deverão seguir para assegurar o financiamento desta campanha. Por isto, todos trabalham com as convenções dos partidos – entre julho e agosto -, para ter uma definição oficial das candidaturas. Ainda pesa na decisão de Mauro, o fato de suas empresas estarem passando por dificuldades financeiras
O democrata também- nas entrevistas realizadas esta manhã -, lembrou que a política mudou, o que deverá obrigar partidos e candidatos a se posicionarem de forma diferentes neste pleito.
‘O cidadão quer uma nova forma de fazer política e, sobretudo, um novo perfil de homem público. Se fizermos do mesmo jeito, o resultado vai ser muito parecido com o que está aí hoje e que não é aprovado pela população’, afirmou.
Mas mesmo que Mendes diga que não tenha lançado oficialmente sua pré-candidatura ao governo, o ex-governador democrata, Jayme Campos falou um pouco diferente,também nesta terça-feira, após visita feita ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, com quem conversou por horas às portas fechadas.
De acordo com Jayme, na noite desta última segunda, os líderes do DEM, após os resultados da pesquisa encomenda pela sigla, definiram que era hora de tanto Mauro quanto ele assumirem as disputas, respectivamente, ao governo do Estado e ao Senado da República. E começarem as articulações com outras legendas, já que têm os cargos de vice-governadoria e outra para o Senado para negociarem.