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Segunda-feira, 11 de Junho de 2018, 17h:22

Vereador é denunciado por exigir devolução de VI e parte do salário de chefe de gabinete

Da Redação

wellaton

 

O ex-chefe de gabinete do vereador de Cuiabá, Felipe Wellaton (PV), denunciou ao Ministério Público Eleitoral (MPE) que a verba indenizatória (VI) no valor de R$ 4,2 mil, um direito dos ocupantes do cargo, foi devolvida ao membro da Câmara Municipal de Cuiabá. 

 

O autor da denúncia, Jadson Nazário de Freitas exerceu a função em janeiro de 2017, quando recebia um salário de R$ 6 mil além da VI, porém o benefício foi concedido e repassado pelo menos até maio daquele ano.

 

Jadson declarou que o vereador além de ter exigido que fosse devolvido o valor da VI, também diminuiu pela metade seu salário que era R$ 6 mil reais, após um mês em que assumiu o cargo no ano de 2017. “O parlamentar além de exigir o repasse de certa quantia do salário do assessor, exigia que o mesmo repassasse integralmente o VI e até mesmo que efetuasse alguns pagamentos de determinadas despesas pessoais em nome do parlamentar”.

 

De acordo com a denúncia, que foi protocolada no dia 09 de maio, Jadson foi coordenador da campanha de Wellaton em 2016, quando obteve 3.054 votos.

 

Ao vencer a disputa, o vereador nomeou Jadson como seu chefe de seu gabinete permitindo apenas o salário de R$ 6 mil, devolvendo a VI no valor de R$ 4 mil. “O vereador Felipe Tanahashi Wellaton aproveitou do cargo que ocupa para se apropriar de parte do salário (VI) de seu assessor e de outros funcionários contratados para seu gabinete”, diz trecho da denúncia que está sob análise o promotor Sérgio Silva, que já determinou abertura de inquérito.

 

Após uma discussão com o vereador, no mês de março, Jadson teria perdido o cargo, sendo nomeado como assessor parlamentar com o salário de R$ 4 mil. 

 

Além de devolver a verba, Jadson fez pagamentos de despesas pessoais. Ele afirmou que comprou peças para arrumar o motor fundido de uma caminhonete do vereador. Também revelou a transferência de dinheiro para Jeferson Luiz Junglaus, que era executor de uma obra no Parque das Águas, onde o vereador é proprietário de uma loja de Açaí.

 

Parte de seus vencimentos também foram “cortados” nos dois meses seguinte, quando chegou a receber R$ 2 mil. Durante esse período, entre os meses de janeiro e maio de 2017, a VI voltou a ser depositada em sua conta.

 

De acordo com as pesquisas no Diário Oficial de Contas e no Portal Transparência da Câmara de Cuiabá, Jadson foi exonerado do cargo em outubro de 2017 e voltou ao órgão como assessor parlamentar em janeiro de 2018, sendo novamente exonerado após dois meses, em março deste ano.

 

No fim de maio de 2018, uma conversa entre os suplentes do PV, Jamilson Moura e Sidney Souza, a história vazou nas redes sociais. No diálogo, os colegas de partido de Wellaton se queixavam de que o vereador exigia o “retorno” da verba indenizatória para se licenciar do cargo possibilitando, assim, que ambos pudessem ser empossados na Câmara de Cuiabá.

 

Se comprovado, Wellaton não só terá que ressarcir ao erário, como também responderá por improbidade administrativa e corre o risco de ter o mandato cassado.

Foto: (Reprodução)

CONTRATO JADSON