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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), deve depor na próxima segunda-feira (14), para o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), para contribuir nas investigações do esquema de desvio de recursos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O depoimento estava marcado para esta sexta-feira (11), porém, foi adiado para segunda-feira.
O depoimento foi remarcado a pedido do deputado, que disse estar participando de um congresso em Gramado no Rio Grande do Sul. O depoimento está marcado para às 10h.
Ele irá depor por suspeita de estar envolvido em esquema de fraudes no Detran. O esquema teria desviado mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos. Os interrogatórios são feitos após a deflagração da 2ª fase da operação "Bereré", batizada como "Bônus", na última quarta-feira (9).
Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema funcionava com a influência de políticos, entre eles Eduardo Botelho e do também deputado estadual Mauro Savi (PSB), que foi preso na operação junto com outras cinco pessoas. As investigações os apontam como supostos líderes desse esquema.
A operação também prendeu o ex-chefe da Casa Civil, Paulo César Zamar Taques, e o irmão dele Pedro Jorge Zamar Taques, ambos primos do governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), além dos empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos, vulgo ‘Grilo’, e José Kobori.
Prestaram depoimento na última quinta-feira (10), o deputado Mauro Savi, ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o irmão dele, Pedro Jorge Taques e Claudemir Santos. O empresário José Kobori prestou depoimento nesta sexta-feira (11).
O nome de Botelho foi citado por outros investigados, entre eles pelo empresário Roque Anildo Reinheimer, sócio-proprietário da Santos Capacitação de Pessoal e Treinamento, que é uma das empresas usadas para o desvio de dinheiro do Detran.
Em depoimento prestado em fevereiro deste ano ao Gaeco, ele disse que o presidente da Assembleia Legislativa se tornou sócio da empresa com o interesse exclusivo de receber vantagem indevida.
Segundo o empresário, o parlamentar disse que tinha integrado o quatro societário da empresa para receber uma dívida e que, após recebê-la, começou a ser cobrado para o pagamento de outras vantagens. Ele disse ainda que o deputado afirmou que pretendia sair do quadro de sócios da empresa, o que aconteceu dias depois.