O último parlamentar que ainda não havia prestado depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o fez na manhã desta segunda-feira. O deputado estadual José Domingos Fraga (PSD) falou sobre a suspeita de que ele teria participação no esquema investigado na "Operação Bereré" aos delegados e promotores.
Na chegada e saída, ele não quis falar com a imprensa. José Domingos Fraga teria recebido R$ 100 mil através do seu assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Jorge Batista da Graça, nos dias 3 e 6 de fevereiro de 2014.
O valor teria sido utilizado para quitar despesas do deputado estadual. O deputado, que não será candidato a reeleição, chegou ao Gaeco no horário combinado.
Ele estava acompanhado do advogado Darlã Ebert Vargas, mas não quis falar com os jornalistas. Fraga se limitou a dizer, quando questionado sobre o motivo das ausências em dois depoimentos agendados nas últimas duas semanas, que só não foi depor porque não havia sido notificado.
Fraga prestou depoimento por cerca de uma hora e meia ao promotor de Justiça César Danilo Ribeiro de Novais. Ele saiu pela porta dos fundos, autorizado pelos funcionários do Gaeco.
O deputado havia reclamado de que tinha sido abordado e filmado por jornalistas, na entrada do local. Ele foi o único depoente que fez uso deste tipo de expediente.