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Sexta-feira, 09 de Março de 2018, 18h:27

Delegada nega conhecimento sobre suposta invasão de privacidade de Taques

Da Redação

(Foto: TJ-MT)

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A delegada Alessandra Saturnino, que esteve lotada na secretaria-adjunta de Inteligência da Segurança Pública, até março de 2016, negou nesta sexta-feira(09), em depoimento ao juiz da 11ª Vara Criminal Militar, Murilo Mesquita, ter conhecimento sobre suposta invasão de privacidade do governador Pedro Taques (PSDB), nas escutas que eram operadas pela Polícia Civil. Uma rede de escutas ilegais que acabaram ficando conhecidas como Grampolândia Pantaneira.

 

Alessandra depos hoje como testemunha do cabo Gerson Corrêa Júnior, na ação penal que julga os policiais militares acusados de compor o esquema de interceptações ilegais.

 

No dia 09 de fevereiro, outro depoimento sobre o caso dos grampos, dado por Mário Edmundo Costa Marques, que é amigo do cabo Gérson Correa Júnior, ele relatou, ao contrário da delegada, que o cabo Gerson comentava sobre conversas grampeadas que tratavam da vida íntima da deputada Janaina Riva (MDB) e do governador.

 

Escutas ilegais

 

Além do cabo Gerson estão supostos ligados ao esquema de interceptação ilegal de escutas telefônicas, os coronéis Ronelson, Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco e o tenente-coronel Januário Batista. Todos réus na ação penal que investiga as escutas clandestinas ocorridas no Estado e que tiveram como alguns dos alvos, advogados, juízes, médicos e jornalistas. 

 

Na Justiça, eles respondem pelos crimes de ação militar ilícita, falsificação de documento, falsidade ideológica e prevaricação. Entre os acusados, somente Gerson ainda está preso desde maio do ano passado. Os demais militares respondem ao processo em liberdade e cumprem medidas cautelares.