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Quinta-feira, 08 de Março de 2018, 17h:08

Mulher se inspira em pai militar e hoje comanda batalhão

Da Redação

Lenine Martins/Sesp-MT

bombeira mulher

 

O sonho de ser militar começou em casa. Ainda criança, a tenente-coronel BM Luciana Bragança Brandão da Silva já admirava o trabalho do pai, policial militar pelo estado de Rondônia e hoje aposentado. “Na minha infância eu via meu pai fardado e isso enchia meu coração de alegria. Foi ali, ainda bem pequena, que passei a gostar desta profissão”.

 

Atualmente, aos 36 anos, sendo 17 deles dedicados à profissão militar, a oficial é comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar, o maior e mais antigo do Estado. Sob seu comando estão 183 profissionais que atendem os municípios de Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço e Chapada dos Guimarães.

 

“Assumi o Batalhão em fevereiro deste ano e estou muito feliz pela oportunidade. Já atuei em vários setores do Comando Regional e agora tive a oportunidade de comandar um Batalhão com uma história tão importante dentro da corporação”, ressalta.

 

Apesar do posto, essa não foi a primeira conquista da Luciana. No ano de 2001 ela foi uma das três mulheres pioneiras na inclusão feminina na corporação. À época, Luciana lembra que houve um pouco de resistência, mas toda a desconfiança foi superada.

 

“Não houve preconceito com a inserção das mulheres na corporação, mas no início da carreira eu senti uma certa dificuldade dos homens em lidar com o público feminino, pois em muitos anos a corporação foi composta só por pessoas do sexo masculino. Mas hoje o cenário é outro. Tem mulheres em cargos importantes, tanto no serviço administrativo, quanto no operacional”.

 

Apesar da história vivida, a comandante lembra que o número de profissionais atuante dentre da unidade ainda é muito pequena. Ao todo, o estado de Mato Grosso dispõe de 1.403 profissionais bombeiros militares, contudo, apenas 90 mulheres fazem parte da corporação, o que corresponde a 6% do total do efetivo.

 

“Ainda somos minoria dentro do Corpo de Bombeiros, mas isso não significa dizer que somos inferiores. Hoje atuamos nas mais diversas missões em que somos chamadas. Estar comandante hoje é espetacular e uma realização profissional e pessoal”.

 

Realizada no campo profissional, Luciana cita momento único na vida pessoal, que é conciliar as atividades militares com a de ser mãe. “Tenho uma filha de cinco anos e desde o seu nascimento muita coisa em minha vida mudou para melhor. Hoje trabalho e faço projetos futuros pensando nela”, observa a militar.