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Quinta-feira, 23 de Novembro de 2017, 16h:57

Presidente da Santa Casa rebate denúncias de nepotismo e altos salários

Wellyngton Souza

(Foto: Divulgação)

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O atual presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o médico Antônio Preza, rebateu denúncias sobre nomear parentes na unidade de saúde com salários vantajosos.

 

Um dos hospitais filantrópicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na capital, por diversas vezes, paralisou as atividades por falta de recursos, alegando os repasses atrasados do governo do estado.

 

A denúncia foi repercutida em uma reportagem no programa Pop Show na tarde desta quinta (22). Até ser questionado sobre os supostos casos de nepotismo no hospital, Antônio Preza afirmou que os gastos mensais no hospital são de pelo menos R$ 650 mil, antes as dívidas somavam R$ 14 milhões.

 

"Como todos os hospitais filantrópicos, uma vez que a remuneração do SUS paga somente 60% dos gastos. A Santa Casa sempre teve dificuldade financeira. O que a gente recebe paga somente 60% dos nossos gastos. A dívida com fornecedor hoje deve estar ultrapassando R$ 12 milhões, situação bastante complicada", disse.

 

A reportagem revelou que no setor de doações estariam empregadas a esposa do médico, Telma Preza, além de Sheila Maria e Carla, irmãs dela. Mariana Preza seria funcionária da tesouraria do hospital. Ela é filha do engenheiro Luiz Otávio Preza, primo do presidente da Santa Casa.

 

Ana Paula Preza, sobrinha do médico e presidente, trabalha como dentista na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital - e uma filha do médico também trabalha no setor de doações, contratada de maneira temporária. Os salários variam entre R$ 9 e quase R$ 20 mil.

 

"A minha esposa é do voluntariado, não recebe salário. Ela coordena questão dos voluntários. Luiz Otávio é meu sobrinho que toma conta da energia do hospital, do sistema elétrico. Quando passamos por dificuldades muitas coisas surgem em dependência delas. Nós passamos por duas auditorias aqui dentro e que esses problemas não foram levantados", disse.

 

O médico declarou ainda que Mariana e Carla não trabalham mais na unidade pública de saúde. A ação da diretoria nós prestamos contas para a sociedade. Todo ano prestamos contas na AL e nunca tivemos problemas em relação a isso. Nunca escondemos nada para ninguém", declarou.

 

Uma obra de reforma do centro cirúrgico do hospital teve o contrato assinado pelo engenheiro Luiz Otávio Preza ao custo de R$ 700 mil.  Nela foi assinado um aditivo para obra. "A obra foi R$ 700 mil e não foi por dez dias como estão dizendo. Todo o centro cirúrgico foi reformado, hoje o melhor do estado, feito com muitas doações através de emendas", ressalta.

 

O presidente da Santa Casa rebateu ainda que a unidade respeita leis trabalhistas com margem salarial de mercado de outros hospitais. "A gente fica preocupado quando começa a sair essas conversas de corredores. Na verdade, nós pagamos o que é oferecido aos profissionais da mesma área. Trabalhamos com média salarial".