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Terça-feira, 14 de Novembro de 2017, 17h:11

Perícia aponta violação de lacres das provas para concurso da Polícia Civil

Da Redação

(Foto: Divulgação)

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Os lacres das provas do concurso para delegado substituto da Polícia Civil no estado foram violados antes da realização do certame, de acordo com resultado do laudo da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec). A prova foi realizada no último dia 8, e pelo menos 13 mil candidatos disputaram a vaga com salário de R$ 19 mil.

 

Na última semana, a Polícia Civil anunciou a suspensão da prova por 60 dias até a conclusão dos trabalhos da perícia. Fotos tiradas do caderno de instruções e da folha de resposta da prova circularam pelo WhatsApp e pelas redes sociais, gerando polêmica.

 

O laudo final da perícia foi assinado com aval do perito criminal Flávio Yuudi Kubota, da Gerência de Perícias em Documentoscopia, no último dia 26. Os envelopes foram recolhidos após denúncia de candidatos que desconfiaram da abertura dos envelopes antes da aplicação da prova. Apesar da suspeita, a prova foi realizada com outros cadernos.

 

Pelo menos três envelopes foram recolhidos e encaminhados para Gerência de Combate do Crime Organizado (GCCO) para apuração dos fatos. No primeiro envelope, conforme o documento, foi detectado o rompido parcial das fitas adesivas. Já no segundo envelope, a perícia também identificou que as fitas adesivas sofreram abertura parcial e no terceiro, foi detectado a tentativa de remoção da etiqueta.

 

“Considerando as simulações executadas em padrões, com as mesmas condições encontradas nas peças questionadas e considerando as dimensões e quantidades de cadernos de provas no momento da aplicação, conclui-se que é possível a subtração de um caderno de provas”, concluiu o documento.

 

Quando o assunto ganhou repercussão, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), organizadora do concurso, informou que os envelopes são confeccionados em material plástico e, no momento em que são lacrados, podem ocorrer leves rugas devido à cola utilizada.

 

A empresa alegou que o malote de provas, que carrega os envelopes até as salas de aulas, permaneceu com o lacre de aço intacto até o momento da abertura frente aos candidatos.