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Segunda-feira, 21 de Agosto de 2017, 12h:57

Perri ainda crê que rede de escutas esteja ocorrendo em MT

Da Redação

(Foto: TJ-MT)

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Em despacho do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri - que assegurou a soltura dos coronéis Evandro Alexandre Ferraz Lesco e Ronelson Jorge de Barros na última sexta-feira (18) -, ele revela a possibilidade que ainda esteja ocorrendo a rede de escutas ilegais, por meio do sistema Sentinela, supostamente utilizado pela PM.

 

Os dois oficiais que agora ficam em prisão domiciliar são suspeitos de participação na chamada “grampolândia pantaneira”. Com tornozeleiras eletrônicas, Lesco e seu adjunto, ficam afastados de suas funções. E, em nenhuma hipótese, poderão manter contato com qualquer testemunha ou réu no processo que está em andamento.

 

Perri ainda lembra, como forma de dar veracidade às suas suspeitas, que o Sentinela pode ser operado de forma remota, ou seja, sem que seus operadores estejam por perto. E, sobretudo, ainda resssalta o magistrado, porque até o momento os equipamentos responsáveis pelos monitoramentos de pelos menos 120 pessoas, dentre eles políticos, médicos, advogados, magistrados e jornalista não foram apreendidos. 'Abrindo uma possibilidade real de que esta rede clandestina esteja na ativa por  algum “longa manus’, ou seja, executor de ordens'.

 

Aliás, foi o fato de não terem sido apreendidops os equipamentos que o desembargador optou pela manutenção da prisão dos policiais, o coronel Zaqueu Barbosa, suposto idealizador do Núcleo de Inteligência criado para as escutas, e o cabo Gerson Correa, apontado por ele como principal operador do sistema.

 

Ainda que em um trecho de sua decisão, Perri também atribua a continuidade da prisão dos policiais, à suposta influência de ambos na operacionalização dos gramnpos. 

 

“No atinente ao coronel Zaqueu Barbosa e ao cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, não há a menor sombra de dúvidas de que, em relação a eles, recai a participação mais incisiva na criação e na operacionalização do simulado Núcleo de Inteligência da Polícia Militar, formado, única e exclusivamente, para realizar escutas telefônicas clandestinas”, ressalta Perri no despacho.

 

Quanto a substituição em prisão domiciliar às celas da cadeia, no caso dos coróneis Lesco e Barros, Perri argumentou que ambos tiveram um papel menor no esquema de escutas ilegais.