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Domingo, 16 de Julho de 2017, 11h:58

Operação Lava Jato deve prosseguir, diz ‘Economist’

Opinião e Notícia

(Foto Reprodução)

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Três anos após seu início, a Operação Lava Jato chegou a um ponto crítico na última quarta-feira, 12, quando o juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no processo referente ao triplex no Guarujá.

 

Em um artigo publicado neste final de semana, a revista Economist afirma que a prisão do ex-presidente não deve ser considerada o fim da operação e diz que as investigações devem continuar.

 

O texto afirma que a operação é cravejada de críticas, algumas delas corretas. “Rodrigo Janot, o procurador-Geral da República, tem sido amplamente criticado por seu acordo com os Batista, que feriu as boas práticas ao garantir a eles imunidade na Justiça (em vez de uma sentença reduzida). A polícia ainda não conseguiu confirmar muitas acusações contra políticos feitas no acordo de delação premiada da Odebrecht, uma empreiteira. Vazamentos seletivos de acusações destroem reputações, mesmo que a inocência seja provada depois. Aqueles que receberam doações não declaradas para campanhas (caixa dois) – um crime, porém uma norma –  são agrupados na opinião pública junto com aqueles que receberam enormes propinas”, diz a revista.

 

O artigo, no entanto, ressalta que a Lava Jato revelou e puniu transgressões generalizadas. “Ela encerrou uma prática de longa data do Brasil de falhar em punir crimes de colarinho branco. Como Deltan Dallagnol, o principal procurador da Lava Jato, escreveu em um novo livro, sua pequena equipe está contra os escritórios de advocacia mais ricos em bem sucedidos do país”, diz o texto.

 

A revista finaliza afirmando que outro motivo para a investigação prosseguir é a renovação política que ela traz. “Muitos brasileiros vêem a chance de um país melhor sair das investigações. Nisso, eles certamente estão certos”, diz o artigo.