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Sábado, 16 de Março de 2024, 08h:50

Viatura da Polícia Civil era monitorada por membros do Comando Vermelho no norte de MT

Ações eram coordenadas pelo Comando Vermelho para que membros e advogados da facção estarem por dentro de prisões dod membros da facção.

Da Redação
Única News

(Foto: Reprodução/Montagem)

No detalhe, o delegado de Tapurah, Guilherme Pompeo Negri.

As investigações da Operação Gravatas, deflagrada pela Polícia Civil de Tapurah (388 Km de Cuiabá) na última segunda-feira (11) e que revelou o envolvimento de advogados e até de um policial militar com o Comando Vermelho, trouxe mais alguns detalhes sobre a ação da facção, que coordenava os advogados e chegou a monitorar uma viatura da Polícia Civil.

A informação foi repassada à imprensa  por Guilherme Pompeo Pimenta Negri, delegado da cidade de Tapurah, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (13).

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Foram alvos da operação os advogados Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luís de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e o policial militar Leonardo Qualio.

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Segundo o delegado, líderes da facção criminosa no norte do estado coordenavam a ação dos advogados juntamente com o policial militar, para estarem sempre "em cima" das ocorrências, chegando até mesmo a monitorar uma das viaturas da Polícia Civil no município de Tapurah, para saber quando algum faccionado seria preso.

Em fotos do processo criminal, é possível ver uma conversa entre membros da organização criminosa, onde a viatura da Polícia Civil é fotografada em uma residência e uma pessoa diz "presa em Tapurah, agora". Na legenda de uma das fotos, é dito ainda que o advogado do Comando Vermelho é acionado assim que um dos membros é preso.

Conforme a Polícia Civil, a central de monitoramento do crime ia muito além. A investigação apontou que o policial militar Leonardo Qualio, da cidade de Sinop (500 Km de Cuiabá), repassava os boletins de ocorrência e mandados de prisão para as lideranças da facção que estão presas.

Com a informação repassada pelo militar, criminosos e advogados da facção podiam se organizar e se preparar judicialmente, chegando a saber com antecedência como seria a ação da Polícia.