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Terça-feira, 05 de Março de 2024, 16h:19

Assessor de juiz, funcionária da AL e estudante de medicina são presos por tráfico

Segundo delegado responsável, maioria dos presos são pessoas de classe média alta.

Da Redação
Única News

(Foto: Reprodução/Montagem/Única News)

Rodrigo Figueiredo, assessor de gabinete de um juiz de Cuiabá; Maria Eduarda Aquino da Costa Marques, assessoria parlamentar da Assembleia Legislativa (ALMT); e um estudante de Medicina (nome não divulgado), estão entre os presos da Operação “Doce Amargo”, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso nesta terça-feira (5), em parceria com a Polícia Civil do Paraná. A ação teve como alvo uma quadrilha especializada no tráfico de drogas sintéticas, na região metropolitana da capital.

Conforme o delegado Wilson Cibulski Júnior, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), os principais presos na operação são jovens de classe média alta. Isso porque as drogas comercializadas pelo bando (ecstasy, MDMA, LSD e skank) atraem um público com maior poder aquisitivo.

"Essa modalidade de droga sintética tem um público diferenciado, tanto na venda, como na compra", explicou o delegado em coletiva de imprensa.

O delegado explicou ainda que, devido ao valor, o bando optava pelo rateio da droga, comprando uma grande quantia e fracionando para traficantes menores. Estes, por sua vez, distribuíam as “balas”, “rodas” e “doces” - como são apelidados os entorpecentes, que eram vendidos em festas e até mesmo entregues na modalidade “delivery”.

As investigações da DRE concluíram ainda que parte dos traficantes presos atuam em organizações criminosas.

A OPERAÇÃO

Durante os trabalhos da operação, 151 ordens judiciais foram cumpridas, sendo 43 mandados de prisões preventivas, 54 mandados de busca e apreensão e 54 ordens de bloqueio de contas, em Cuiabá e nas cidades de Santo Antônio de Leverger, Campo Novo do Parecis, Castanheira (a 30, 401 e 566 quilômetros de Cuiabá, respectivamente) e Foz do Iguaçu, região oeste do Paraná.

Segundo as investigações da DRE, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas, como ecstasy, MDMA e LSD, além de outras substâncias, como o skank, droga também conhecida como “supermaconha”, que eram comercializadas entre usuários de maior poder aquisitivo, em bairros nobres da Capital, além de baladas da grande Cuiabá.

O grupo de forma associada, dividindo tarefas e sendo fornecedores diretos a outros contatos, também somando valores para compra de maiores quantidades de drogas com qualidade mais refinada.

Outra parte dos investigados se associava ao grupo comprando drogas para fornecimento a terceiros, captando usuários e intermediando uma espécie de rateio para ampliação das vendas ilícitas. Destacou-se ainda na investigação a participação de alguns investigados vinculados a uma facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso, mediante o pagamento de espécie de taxa para execução das atividades ilícitas.

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