Cuiabá, 12 de Maio de 2024

CIDADES Quarta-feira, 17 de Julho de 2019, 12:01 - A | A

17 de Julho de 2019, 12h:01 - A | A

CIDADES / REPASSE FEITO PELO MEC

Professores e alunos protestam contra corte de energia na UFMT; reitora culpa corte orçamentário

Claryssa Amorim
Única News



Professores e alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão em protesto, na manhã desta quarta-feira (17), contra o corte de energia na unidade, que ocorreu nesta terça-feira (16). O ministro da Educação (MEC), Abraham Weintraub, disse que o ocorrido é por causa da má gestão dos campi.

Segundo informou o Diretório Central dos Estudantes da UFMT, eram seis contas de energia em atraso e todos campi ficaram sem energia. A dívida chegou ao montante de R$ 1,8 milhão e, segundo a UFMT, a energia já foi restabelecida, nesta quarta-feira.

Cerca de 100 pessoas estão reunidas na praça da universidade, em frente ao Restaurante Universitário (RU). A reitora da universidade esclareceu aos manifestantes que, por conta do corte orçamentário do Governo Federal, as contas da instituição atrasaram.

“Em 2018, foi o primeiro ano da supressão do orçamento e não foi executado 100%. Com isso, fez acumular o nosso déficit, porque nós não recebemos os 5% do orçamento”, disse.

O ministro informou, por meio de nota, que irá tomar as medidas cabíveis, tanto na esfera administrativa, como judicial, para a responsabilização dos envolvidos pela má gestão.

“O ministro tomou conhecimento da situação na última quinta-feira (11) quando chamou a reitora ao Ministério e autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões para que a reitoria da UFMT, Mirian Serra, nomeada há três anos, quitasse a dívida das contas de luz com a concessionária de Mato Grosso”, citou em trecho da nota.

A reitora afirma que este ano as dívidas aumentaram, devido ao anúncio do Governo Federal de que seria cortado 20% do recurso das universidades. Ela declarou ainda que, de fato, o que “estrangula” a gestão financeira é a questão de como se dá o pagamento.

Para ela, o repasse é importante, mas deve ser realizado da maneira certa e mais fácil para a gestão das universidades. “São as diferenças: limite de empenho e limite de pagamento. A primeira é como se fosse realizado o repasse por meio de um cheque. Já o limite de pagamento, quando é realizado, é o dinheiro diretamente na conta”.

Mirian esclareceu que a energia dos campi foi cortada, porque o repasse federal foi realizado por meio de limite de empenho. Sendo assim, são 48 horas, em dias úteis, para cair na conta.

“Para nós, o corte foi uma surpresa, pois eu tinha uma reunião agendada com a Energisa para amanhã [18] e eles garantiram que não haveria corte até esta reunião. Sobre os recursos, fomos avisados, no início do ano, que teríamos apenas 80% de repasse concedido para todas as unidades e, depois disso, as contas foram acumulando”, disse Mirian.

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