Cuiabá, 01 de Maio de 2024

CIDADES Quarta-feira, 07 de Novembro de 2018, 07:30 - A | A

07 de Novembro de 2018, 07h:30 - A | A

CIDADES / EM ARIPUANÃ

Com chegada de mineradora, garimpeiros terão que sair da nova "Serra Pelada"

Claryssa Amorim



(Foto: Reprodução)

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Após a invasão de mais de dois mil garimpeiros em uma propriedade rural a 11km do município de Aripuanã (a 976 km de Cuiabá), em busca de ouro, a empresa mineradora ‘Nexa’, que é a responsável pelo local, denunciou o ato ao Departamento Nacional de Produção Mineral em Mato Grosso (DNPM-MT), para que tome as devidas providências. Segundo o prefeito de Aripuanã, Jonas Rodrigues da Silva, a prefeitura e o DNPM estão buscando soluções para que os garimpeiros não fiquem no prejuízo.

 

Há cerca de uma semana as informações começaram a ser divulgadas em redes sociais, promovendo uma verdadeira corrida em busca do ouro. Pelas imagens divulgadas é possível ver que enormes valas e buracos já foram escavadas nos paredões. Acampamentos improvisados também já foram montados para abrigar os garimpeiros que chegam todos os dias à fazenda.

 

O prefeito do município disse que se sente preocupado com a situação, já que pessoas de outras cidades estão largando o emprego para tentar buscar uma vida melhor ao encontrar alguma pedra de ouro. No entanto, ele informou que muitos garimpeiros profissionais que passaram pelo minério disseram que o local é um “sequeiro” e filão”.

 

Esses nomes são usados quando o ouro está espalhado por cerca de 100 a 200 hectares, mas que estão embutidos em pedras com quatro a cinco palmos da terra e depois vai se estendendo para baixo, ficando mais difícil de encontrar.

 

(Foto: Reprodução/Internauta)

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“Tem ouro, mas não é o que estão falando. As pessoas veem as notícias e acabam se iludindo com uma nova oportunidade de vida. Agora, onde as pedras de ouro devem estar mais abaixo da terra, os trabalhos são só com mineradoras e acaba que os que estão chegando no final ficam frustrados”, relatou Jonas.

 

Em reunião com o presidente do DNPM em Mato Grosso, Jonas disse que um diretor técnico está vindo para o Estado e assim conseguirão se reunir juntamente com os garimpeiros para estudar o caso. Para o prefeito, não se pode retirar as pessoas da região com violência, pois se trata de mulheres e até crianças.

 

“Não podemos chegar e conter todos com violência. Ali tem família, mulheres e crianças. Essas pessoas vieram iludidas querendo mudar a vida, são seres humanos que estão ali. Fico preocupado, pois muitos vieram, não conseguiram encontrar nada e agora, não tem como voltar para casa”, argumentou.

 

A empresa Nexa, que é uma mineradora global de zinco, cobre, chumbo e outros, estuda a região há 15 anos, onde já tiveram aprovados cerca de R$ 50 milhões e podendo chegar a R$ 1 bilhão de investimento. Ela aguarda um parecer da Justiça para iniciar os trabalhos, que segundo o prefeito, deve sair ainda este ano.

 

O prefeito finalizou dizendo que a mineradora irá trazer para o Estado uma ‘grande estabilidade econômica’, pois serão cinco minérios que serão extraídos pela Nexa que está investindo bilhões.

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