Da Redação
(Foto: Reprodução)
Caminhoneiros iniciaram uma paralisação na manhã desta segunda-feira (21), em protesto contra o alto preço do combustível. O ponto de bloqueio da rodovia é na BR-163, km 396, no Distrito Industrial de Cuiabá.
Apenas os veículos de passeios estão autorizados a passar pela rodovia, os veículos de carga estão desviando pela via marginal. Até o momento cerca de 90 pessoas aderiram ao movimento, a previsão para liberação está programado para às 12h.
O Sindicato das Empresas de Cargas de Mato Grosso (Sindmat) apoia o movimento e recomenda que as empresas do Estado mantenham os veículos nas garagens. Uma nota foi emitida neste final de semana para afirmar apoio ao movimento grevista e que todos os motoristas do Centro-Oeste também irão aderir a manifestação, já que a política de reajuste é abusiva e prejudica toda a sociedade.
Entenda o caso
Caminhoneiros de todo Brasil estão fazendo uma mobilização nesta segunda-feira (21) contra o aumento no valor do diesel. O preço tem aumentado constantemente inviabilizando o transporte, a ultima foi de 0,90% que aconteceu nesta sexta (18), a gasolina teve alta de 1,34% nas refinarias. Somado a escalada do preço estão os impostos que praticamente dobram o valor dos combustíveis na bomba.
No início da manhã desta segunda havia atos em pelo menos sete estados brasileiros: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Mato Grosso tem pontos isolados de paralisação mas nenhuma rodovia tem impedimento de tráfego de veículos.
A convocação para paralisação dos caminhoneiros foi feita como forma de cobrar medidas para reduzir o impacto do aumento do diesel, entre elas a isenção de tributos. “O aumento constante do preço nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo. Além da correção quase diária dos preços dos combustíveis feita pela Petrobras, que dificulta a previsão de custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em meados de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios”, diz comunicado da ABCam.
Na semana passada, a entidade enviou ofício ao governo, afirmando que os caminhoneiros vêm sofrendo com os aumentos sucessivos no diesel, o que tem gerado aumento de custos para a atividade de transporte. Segundo a associação, o diesel representa 42% dos custos do negócio. Citando dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a organização afirma que 43% do preço do diesel na refinaria vêm do ICMS, PIS, da Cofins e Cide.
Veja na íntegra a nota do sindicato:
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (SINDMAT) esclarece sua posição sobre a paralisação convocada pela CNTA para o dia 21/05/2018:
1- Que a política de reajuste de combustível da Petrobrás é abusiva e prejudica toda a sociedade;
2- Não se pode ter uma política de aumento de preços de combustível diária, aonde a população é obrigada a pagar o custo da roubalheira acontecida na Petrobrás;
3- Que entende e apoia o movimento pacífico dos caminhoneiros autônomos, através da CNTA, desde que não firam o direito de ir e vir do cidadão, com bloqueio de rodovias;
4- Recomenda a todos os empresários do transporte de MATO GROSSO que deixem seus veículos nas garagens, apoiando ORDEIRAMENTE o movimento, evitando assim que os mesmos possam ficar parados em bloqueios nas rodovias.
Quê DEUS de serenidade e sabedoria a nossos governantes para que nos ajudem a trabalhar dignamente transportando a produção de nosso país.
Eleus Vieira Amorim
Presidente"
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